sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Só começando

Muito recentemente recebi a notícia que vêm companheirinhos (as) para Pequenina por aí. Dois casais muito queridos por mim estão estreando como papais. Então, a eles quero deixar meus parabéns e desejo de muita saúde às famílias em aumento. E, também, dizer-lhes umas palavrinhas sobre essa vida louca e deliciosa de ser pai e mãe de alguém (não que eu seja uma grande experiente no assunto. Mas depois de quase um ano e 9 meses com Pequenina aqui - fora os meses com ela protegidinha na barriga – acredito que já posso contar, e muito, sobre o que é ter um filho). Primeira coisa, uma dica: preparem o estoque de lenços e babadores... Para vocês e não para o bebê. Porque sim, o chororô a partir de agora é normal. E a babação sobre a novidade também será uma constante. Lágrimas escorrendo a cada ultrassom realizado, a cada presentinho recebido ou a cada momento imaginando como será a carinha do pequeno... Isso é normal. São tantas primeiras vezes daqui para frente! E todas são tão emocionantes! Então, em cada uma delas é mais do que permitido chorar, ok? O primeiro ultrassom; a primeira vez que se escuta aquela pequena batida de coração; os primeiros contornos de uma pessoinha que vai se desenhando a cada mês na tela do computador (mesmo que vocês não consigam entender bem o que o médico está mostrando ali na ultrassonografia... Mas que já sabem que ali está sendo mostrada a pessoinha mais linda do mundo para vocês)... A primeira vez que olham para o pequeno ao vivo e a cores; que o têm em seus braços finalmente e aquelas minúsculas mãozinhas seguram seus dedos... A primeira vez que balbuciam algo e vocês juram que o pequeno está falando e que é um prodígio de criança; e a primeira vez que realmente soltam um “papai” ou “mamãe”. Os primeiros passinhos sozinho... A primeira ida à escola... E por aí vai... Em todas essas primeiras, segundas ou milésimas vezes o chororô e a babação são difíceis de controlar. Segunda coisa: sabem aquilo tudo que dizem sobre a falta de tempo e de horas de sono depois que o pequeno nasce? Tudo é a mais profunda verdade. Assim como as roupas manchadas, amarrotadas e o cabelo despenteado a toda hora; o interesse súbito por leituras sobre pais e filhos, e sobre tipos de fraldas, mamadeiras, brinquedos e utensílios vários próprios para bebês; e a preocupação enorme com formas de educar, com exames médicos e vacinas infantis, etc. Verdade! Verdade! Verdade! Não liguem se, de repente, seus amigos “não-pais” passarem a considerar vocês seres de outro mundo. É por aí mesmo... Chega uma hora que eles não aguentam mais ouvir falar sobre a última gracinha do bebê nem ver pela milésima vez a foto do pequeno no celular de vocês. Não se sintam magoados ou ofendidos com eles. Não é por mal. Eles só não os entendem mais... Terceira coisa: ser mãe ou ser pai os torna frágeis e fortes ao mesmo tempo. Vocês, até então, não se imaginavam capazes de sentimentos tão fortes. É ou não é? De repente passam a sentir alegria, amor, medo, calor, dor e satisfação... Tudo misturado e intenso. E aviso: isso tudo só está começando. E aí se perguntam como um ser tão pequeno, que ainda nem mostrou sua carinha, pode mudar tanto a vida de outras duas pessoas. Pois ele pode e vai mesmo mudar tudo. Para muito melhor! Aguardem!

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Maldita culpa!

Conversando há uns dias com uma amiga tivemos um arranca rabo por conta de Pequenina. Em um momento desabafo, enquanto eu falava sobre a difícil arte de conciliar trabalho, lazer para adultos e maternidade e em como achava que nunca o tempo era suficiente com minha pequena, a amiga reclamou do meu sentimento de culpa excessivo. Achava que era exagero meu, que tinha que aprender a ser uma mãe mais relaxada e menos estressada. E como mãe vira bicho onça quando questionam nossa forma de lidar com as questões da maternidade, fiquei possessa com minha amiga. “Ser mãe não é brincadeira! Temos que dedicar 100% de nosso tempo aos filhos, sim! Você não sabe de nada!”, ataquei. E ainda emendei com a que talvez seja a frase mais dita por mães do mundo todo: “Quando você for mãe irá me entender...”. Mas hoje analisando (além de sentir uma profunda vergonha da amiga pelo ataque meio gratuito) me pergunto: para que tanta culpa?! Se resolvemos trabalhar fora de casa, bate a culpa. Se atrasamos para buscar o filho na escola, ou para chegar em casa, lá vem a culpa de novo. Se queremos sair um pouco de casa sem os filhos para distrair: culpa! E só de sentir saudade da vida antes de entrar para a maternidade: culpa de novo! É muita culpa para uma pessoa só! E pior: é uma culpa sem remédio, porque nada nem ninguém consegue arrancá-la de uma mãe. Acho que a culpa vem no pacote Mãe, assim como o sentimento de amor incondicional. Culpa e maternidade andam de mãos dadas e pronto! Temos o direito de não perder nossa identidade pré-maternidade, de trabalhar, de ser mulher, de continuar a curtir as coisas que sempre gostamos de fazer. E todas (ou quase todas) as mães sabem disso. Então por que, ainda assim, ontem ao chegar em casa já tarde, depois de um dia de muito trabalho e estudos, senti uma culpa doída ao aninhar Pequenina no colo já para dormir? Ô culpa maldita!

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Hora de descabelar

Sabe um daqueles momentos temidos que você espera que nunca cheguem a acontecer (mesmo sabendo que são inevitáveis)? Pois então! Eis que é chegado o momento de eu me descabelar com Pequenina se descabelando. Chegou a terrível fase da pirraça sem fim! Quem até outro dia era um anjinho de menina resolveu mostrar seu lado mais negro e ameaçador. Agora basta um ‘não’ falado da forma mais singela para a pequena bater o pé, puxar os cabelos (dela e meus), lançar mão de mordidas e beliscões. E de berrar. Em alto e bom som para matar a mãe da mais profunda vergonha. E não tem hora ou lugar para uma pirraça bem feita! Geralmente ela vem no momento mais impróprio e da forma mais intimidadora possível! E vem para me deixar estagnada, sem saber como lidar com um serzinho que de repente cresce em ares ameaçadores. E não adianta fórmulas milagrosas de pais que se julgam experientes na arte de domar pirracentos. Na hora do vamos-ver parece que nada funciona. Dá-lhe paciência para ver um ‘momento pirraça’ passar. E que atire a primeira pedra o pai ou mãe que em um momento assim não quis correr em prantos e para bem longe!

Mamãe, não canta, POR FAVOR!!

Que eu não nasci para cantar e que se fosse música morreria de fome isso eu já sabia. Mas sempre acreditei no meu potencial de ‘não-desafinamento’ ao cantar o que quer que fosse. Apostava que meus pequenos dotes musicais iriam sempre agradar aos ouvidos de Pequenina... Santa ingenuidade! Ela cresceu. E seus antes inexperientes ouvidos agora têm audição apurada e seletiva! Não posso mais lançar mão da cantoria na hora de ninar a pequena. É começar a cantar uma de suas canções preferidas que ela, exigente que só, já balança a cabecinha negativamente dizendo “Não! Não! Não!” como quem diz: “Mãe, pelo amor de Deus, pare já com esses grunhidos que você julga ser música e fica quietinha, fica!”. Ser podada musicalmente pela própria filha de um ano e meio... Isso dói!

terça-feira, 12 de junho de 2012

Mãe/Carrasca

Depois de uma temporada só de correria por conta de trabalho e falta de tempo para curtir com Pequenina, consegui um dia completamente livre em pleno meio de semana. E aproveitei para... bancar a mamãe carrasca! Passamos a tarde no laboratório fazendo aqueles exames que todos "gostamos", cheios de agulhas enormes, elásticos apertando braços, etc. Bebês e crianças, então, adoram! A tarde foi repleta de choros, ou melhor, escândalos de assustar até o mais destemido adulto. E soluços. Muitos soluços... Daqueles sentidos... Daqueles que partem o coração (mas não do enfermeiro responsável pela coleta porque esse aí, definitivamente, tem coração de pedra...). Vamos terminando o dia com Pequenina me olhando ressabiada, de canto de olho, com uma cara de quem pensa "e essa louca ainda tem a cara de pau de falar que me ama mesmo depois de me aprontar uma dessas ...". E eu me sentindo a pior das carrascas, a algoz de minha filha. O que ela nem imagina é que eventos assim doem mais em mim, não fisicamente. Mas ver a pequena aos soluços dói. E como dói!

domingo, 27 de maio de 2012

Dona Mãe

Quando nasce um filho nasce também uma mãe... Certo? Sim! Mas acredito, também, que toda mãe começa a nascer bem antes disso... Uma mãe vai nascendo em cada mulher, pouco a pouco, e ano após ano, no aprendizado do dia-a-dia com... nossa própria mãe! É através dos exemplos que ela nos dá, da forma como nos cria, educa e diverte que vamos aprendendo como agir (ou não!) com nossos próprios rebentos. E foi refletindo sobre isso que relembrei alguns episódios antigos de nós duas; de mim e Dona Mãe. - Ela me vestiu de He Man dizendo que a fantasia era de She-ra... E eu acreditei. - Ela arrumou uma mochila com minhas roupas quando eu decidi que não queria mais viver sob aquele teto. E me deixou ir embora... Aos 4 anos de idade!!! Mas me recebeu com o coração na mão e os braços abertos quando, alguns minutos depois dei meia volta e entrei em casa dizendo que ela era uma boa mãe... - Ela chorou (ou melhor, desaguou!) em cada apresentação de Dia da Mães da escolinha; em cada música cantada e tocada (muito desafinadamente) nas audições do curso de violão; nas apresentações do curso de dança; e, se bobear, até em campeonatos de natação... E todo esse chororô me fazia corar de vergonha e pensar: "Mulher, tome prumo e pare já com isso!". - Ela se fez de boazinha toda vez que pedi para me deixar fazer algo (dormir na casa da vizinha; viajar com as colegas; brincar no brinquedo mais perigoso; ir em festinhas impróprias para a idade...). Era só pedir e ela já dizia que me deixava ir mas... se o Sr. Meu Pai deixasse. Isso, claro, sabendo que ele não deixaria. Ela se saia bem na historia enquanto o Sr. Meu Pai virava o carrasco da casa... - Ela vibrou a cada conquista e se entristeceu em cada tombo meus. Ela deu puxões (simbólicos) de orelha para cada mal-feito que pratiquei. E ela me deu muitos colos, mesmo depois de adulta. Me deu cores, sabores, amor... - E, de repente, ela virou avó! E ganhou contornos ainda mais coloridos e mais doces. E cresceu em amor e sabedoria. E ganhou o amor inocente e gratuito da neta (que é simplesmente louca com a avó!). E só fez multiplicar esse amor de filha para mãe que tenho por ela...

Coisas da Vida de Mãe

Ando frustrada: Pequenina, definitivamente, não aprecia meus dons musicais, sejam eles instrumentais ou vocais. É começar a cantar por perto ou tocar algum instrument 00 Ela adora música assim como os pais, avós e tios. Desde o inicinho de sua existência procurei

Pequena sambista?



Ensinada pela avó há mais tempo, Pequenina adora cantar "Ô, ô, ô, ô, ô, ariá, raiô, Obá, obá, obá". E ontem, ao acordar, por coincidência, estava tocando na rádio "Mas que nada", do Jorge Ben. A pequena praticamente deu um pulo no berço, começou a gritar e cantar (em 'nenenês') e só faltava sambar de tão empolgada que ficou ao ouvir a música! Agora é chegar perto de algum aparelho de som ou computador que ela já começa a cantar "Ô, ô, ô, ô, ô, ariá, raiô, Obá, obá, obá".

Pequena sambista?

Ensinada pela avó há mais tempo, Pequenina adora cantar "Ô, ô, ô, ô, ô, ariá, raiô, Obá, obá, obá". E ontem, ao acordar, por coincidência, estava tocando na rádio "Mas que nada", do Jorge Ben. A pequena praticamente deu um pulo no berço, começou a gritar e cantar (em 'nenenês') e só faltava sambar de tão empolgada que ficou ao ouvir a música! Agora é chegar perto de algum aparelho de som ou computador que ela já começa a cantar "Ô, ô, ô, ô, ô, ariá, raiô, Obá, obá, obá".

Pequena perua

Cena 1: Fui com Pequenina comprar roupa para ela poder ir a um casamento. Depois de fazer uma farra sem tamanho na loja, vestimos a pequena com uma das opções de vestido e, sem demora, ela saiu correndo para a frente do espelho e soltou um "ai, que linda"...
Cena 2: Chegando em casa, ela saiu correndo com a roupinha na mão, se "vestiu", jogando vestido e acompanhamentos por cima da cabeça e do ombro e, novamente na frente do espelho, falou "ai, que linda"! Pergunta: Estamos criando um serzinho com uma boa auto-estima ou uma monstrinha perua?!!

segunda-feira, 21 de maio de 2012

A mágica do livro

Certa noite, depois de várias pirraças, soluços e caras feias durante algumas tentativas de colocar Pequenina para dormir, resolvi botar em prática o que já deveria ter começado há muito tempo: a leitura de uma boa história para ela. Livro escolhido: Novos Contos, dos Irmãos Grimm, que ganhei de presente recentemente e, até então, estava encostado na estante. É incrível como, sem nem entender ainda o conteúdo dos contos, Pequenina ficou quietinha, prestando atenção em cada palavra falada e logo depois adormeceu. E eu, enquanto lia e embalava a pequena, fui levada de volta à infância, quando adorava passar as tardes na casa dos avós viajando pelo mundo mágico das fábulas dos Irmãos Grimm... Nostalgia pura!